terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Acampamento de Sobrevivencia - I

Alerta!

Esse é um Post sobre o I ACASO – Acampamento de Sobrevivência do Grupo Escoteiro Ouro Negro de Canoas, realizado nos dias 21, 22 e 23 de janeiro de 2011. O acampamento era uma simulação de sobrevivência em uma ilha após a queda de um avião. Leiam sobre essa atividade em forma de um Diário de Sobrevivência. ;)

Sempre Alerta para Servir!



Diário de Sobrevivência
Sexta – feira, 21 de janeiro, 23h00.

O que era para ser uma calma viagem de avião até a Suécia para o Jamboree Mundial, acabou tornando-se numa tragédia para 25 escoteiros entre sêniores, pioneiros e chefes. Tudo começou na sexta-feira, aproximadamente às 23 horas, no que parecia ser uma grande confraternização pré Jamboree...

Estávamos todos conversando nos bancos do aeroporto. Alguns jogavam Uno enquanto outros conversavam sobre as histórias de Tolkien e os Hobbits. Após as instruções de segurança dos Anjos do Asfalto e da comemoração dos grandiosos cinqüenta anos de vida da Chefe Vera, todos os escoteiros foram para o Chek-in. Mochilas revistadas, contrabandos retirados e uma sensação de que nada de ruim iria acontecer. A companhia aérea GEON – Grupo Escoteiro Ouro Negro, tinha uma má fama de aviões envolvidos em quedas, mas dessa vez eles haviam garantido que seria diferente. De inicio nos cederam um excelente lanche da meia noite com gelatina, cachorro quente, salada de frutas... todos ficaram surpresos pela hospitalidade.

Na hora de embarcarmos nos avisaram que a Cia.Aérea estava passando por alguns problemas de corte de custos e que seus aviões não comportavam mais de cinco pessoas por vôo. Nos dividimos em equipes e embarcamos. Nosso vôo foi o primeiro dos cinco que iriam ao Jamboree. Chefe Carlos, GE.14 Bis – Gabriel, GE Baden Powell – Mauricio, GE Novo Horizonte – Lais e Bruna, GE Ananhguera. A viagem ocorreu sem maiores imprevistos, até enfrentarmos uma forte turbulência ao sobrevoarmos uma baía. Quando nos demos por conta estávamos na água tendo que sobreviver a deriva no mar. No meio de toda a confusão, mochilas molhadas, fuselagem do avião solta na água e bolas de fogo no mar, um dos tripulantes da aeronave estava se afogando e tivemos que evitar o pior...

Após nos acalmarmos, verificamos nosso estado de saúde. Gabriel estava com hipotermia, portanto não parava de se mexer para que o sangue circulasse e seu corpo ficasse quente. Bruna estava com a perna muito machucada e teve que ter a mesma amputada. Foi muito triste. Lais estava com uma queimadura de 2ºgrau nas costas. Felizmente, logo chegamos a uma enseada com água doce. Mauricio foi mais uma grande tristeza, tivemos que amputar seu braço direito. Após fizemos um torniquete para estancar o sangramento. Todos na patrulha deram o máximo de si para que Bruna chegasse até a margem de forma segura, já que era a única que não conseguia nadar. Por nossa sorte o Chefe Carlos não apresentou nenhum problema após a queda do avião.

Ao chegarmos à areia percebemos que não estávamos sós. Afinal, de cada cinco vôos do GEON, seis caem, e dessa vez não seria diferente. Foram outros quatros aviões, somando 25 sobreviventes que possuíam entre 15 e 49 anos. E juntos teriam que sobreviver em uma ilha desconhecida...

Continua...

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